sábado, 26 de setembro de 2009

POSSIVELMENTE IMPOSSÍVEL

"A acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, não foi pensada a quando da construção da maior parte da rede do metropolitano, e sendo assim, as estações mais antigas, são praticamente todas inacessíveis, a pessoas com mobilidade reduzida. As estações mais recentes, foram desenhadas para terem acessibilidade, mas emplementar um sistema de acessibilidade nas velhas estações do Metropolitano de Londres, é um processo muito caro, e tecnológicamente difícil, e possivelmente impossível."

Genial trecho sobre o Metropolitano de Londres na Wikipédia - PT.

Steveland Judkins Hardaway

Esse continua o cara!

UNDERGROUND


Don DeLillo que me perdoe, mas esse foi o primeiro Underground.

PASSANDO A FAZER PARTE

“Na minha juventude, a literatura fazia parte integrante da vida: absorvia-se, era assimilada pelo nosso organismo. Não se era conhecedor, esteta, amante da literatura. Não, a literatura era uma forma de vida, algo que se ingeria, que passava a fazer parte da nossa própria substância, algo que constituía um caminho de libertação e de liberdade plena”.

Saul Bellow

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

"ALGO QUE NO HA CONFESADO A NADIE"

Almodóvar escreve como poucos.

Mesmo no seu blog é fácil sair do "estado de leitura" e simplesmente "assistir" suas palavras.

O genial cineasta espanhol escreve crônica, ensaio, opinião pessoal, narra sequencias de filmes que admira - tudo no mesmo post.

O título deste post, por exemplo.

Uma exemplar frase almodovariana dentro do post "Notas sobre 'Los Abrazos Rotos'" - que narra seu estado de espírito ao terminar de escrever o roteiro de Abrazos Rotos justo na mesma semana da morte da atriz Deborah Kerr.

A partir desse dois fatos, Almodóvar recorda qual papel da atriz veio-lhe à cabeça no exato momento em que leu a notícia do falecimento: o papel de Hannah Jelkes em La noche de la Iguana - do John Huston a partir da peça do Tennesse Williams.

E lembrar a personagem só se torna relevante se o monólogo que o fez lembrar daquela personagem da Deborah Kerr no momento em que leu a notícia de sua morte for digitado na íntegra.

Então é preciso partir para uma pra-lá-de-inteligente análise do porquê John Houston ter escolhido filmar o monólogo exatamente como foi escrito para a peça ao invés de roteirizar um flashback que dramatizaria a estória contada no já referido monólogo.

Para tanto, escreve uns pitacos sobre as diferenças entre cinema e teatro.

E logo avisa: vai inserir um monólogo no final do seu filme, Abrazos Rotos, que acabara de escrever, em homenagem a atriz.

Para então, numa auto-análise "básica", explicar:

"Detesto y rechazo las confesiones en la vida real, pero disfruto cuando se las escribo a mis personajes, y sobre todo cuando dirijo a los actores en ese tipo de escenas"

e assim vai.

Incrível.

Digo:

Incrível MESMO.

Tudo sobre esse post é encontrado aqui:

http://www.pedroalmodovar.es/PAB_ES_01TAbrazosRotos.asp

AMERICANOS x EUROPEUS

Jane Campion, cineasta australiana - O Piano -, veio com uma comparação bem interessante entre americanos e europeus "no que tange" a grana & produção cinematográfica:

"Nós na Austrália nunca levamos os norte-americanos a sério. Eles são ótimos para elogiar, mas quando se trata de colocar dinheiro, você não vê [a cor dele]. É muito diferente dos europeus, que são muito contidos no que têm a dizer mas colocam dinheiro [nos filmes]."

terça-feira, 15 de setembro de 2009

FRANNY & ZOOEY

Franny & Zooey, o livro, é formalmente dividido em duas partes.

Os contos Franny / Zooey foram escritos e publicados em anos diferentes. Franny foi publicado na The New Yorker em 1955 e Zooey, na mesma revista, em 1957.

Pois bem. Tal diferença de espaço/tempo dos contos foi suprimida por Salinger com um toque de gênio, porque F & Z, o livro, publicado em 1961, é na verdade a estória do colapso nervoso de uma garota de 16 anos e sua posterior cura.

GOSFORD PARK E PAUL AUSTER

Em Gosford Park , Elsie (Emily Watson) deixa a mansão McCordle como a criada sem eira nem beira que, num acaso Austeriano, sai pela porta da frente da mansão no mesmo instante em que o produtor de cinema americano Morris Weismann (Bob Balaban) liga o motor do seu carro.

O produtor gentilmente a convida para uma carona e então Elsie tem sua Grande Frase, enquanto entra no carro, ao lado do ator inglês que não aguenta mais o modo de vida inglês e do produtor - ou seja: do Novo Mundo representado tanto pela América e seus sonhos democráticos quanto por Hollywood (o filme se passa em 1932):

"Quando deixaremos de nos importar com a vida deles e começaremos a viver nossas próprias vidas?"

Quem são "eles"? Os aristocratas decadentes. Quem somos "nós"? Nós, o povo - as pessoas comuns.

O carro arranca e adeus, não vemos mais esses personagens. A ação dramática continua dentro da mansão.

Já Elsie talvez tenha um novo destino, entrando no carro do produtor Weiseman, ao lado do astro inglês. Talvez seja convidada a conhecer a Califórnia. Quem sabe.

O interessante é que naquele momento quis que o filme parasse e um link se abrisse para um outro filme, desta vez com roteiro do Paul Auster - porque seria essa a estrada que Paul Auster escolheria.

A estrada de Palácio da Lua, por exemplo, de estranhas coincidências e de pessoas do mundo refazendo suas vidas numa América simbólica, quase totalmente submersa atualmente, onde você é aquilo que faz e nunca aquilo que foi.

Gosford Park - direção de Robert Altman - roteiro de Julian Fellowes.

A MULHER DO TENENTE FRANCÊS

Escrevendo papéis masculinos - Homens que amam Mulheres - Tá difícil?

6. A Mulher do Tenente Francês é na Verdade um filme sobre a sensibilidade masculina ou, ao menos, o tanto quanto o Jeremy Irons consegue expressar e, convenhamos, o cara consegue.

Homens amam Mulheres, quem duvida?

O FILHO DA NOIVA

Escrevendo papéis masculinos - Homens que amam Mulheres - Tá difícil?

5. O Filho da Noiva conta a estória de um homem, Héctor Alterio, que descobre amar perdidamente sua mulher justo no momento em que sua mulher perde a razão para uma doença degenerativa. Entender a aflição desse homem é o que o filho, Ricardo Darín, precisa aprender para não repetir o descaso do pai com (contra) as mulheres (filha, namorada, ex-esposa) de sua vida.

Homens amam Mulheres, quem duvida?

CARNE TRÊMULA

Escrevendo papéis masculinos - Homens que amam Mulheres - Tá difícil?

4. Por uma transa inesquecível, Liberto Rabal se mete numa confusão que acaba e rima com sua prisão. O pior é que depois de solto a primeira coisa que faz é procurar outra vez sua complicada amante, Francesca Neri - que nunca esteve nem aí pra ele. Em Carne Trêmula, os homens são carentes completos.

Homens amam Mulheres, quem duvida?

MANHATTAN

Escrevendo papéis masculinos - Homens que amam Mulheres - Tá difícil?

3. Em Manhattan, Woody Allen está as voltas com três mulheres - sua atual namorada, a jovem Mariel Hemingway, a amante de seu melhor amigo, Diane Keaton, e a língua ferina de sua ex-esposa, Meryl Streep - não por acaso, Woody precisa juntar os pedaços de seu coração e carregá-los de um lugar a outro, determinado a alcançar o amor de uma mulher.

Homens amam Mulheres, quem duvida?

O TURISTA ACIDENTAL

Escrevendo papéis masculinos - Homens que amam Mulheres - Tá difícil?

2. Um homem pode ser disputado por duas mulheres e disso sair uma boa estória, porém descobrir as razões que fazem um homem escolher essa ou aquela mulher, isso é que transforma O Turista Acidental num filme tão interessante.

Homens amam Mulheres, quem duvida?

ARIZONA NUNCA MAIS

Escrevendo papéis masculinos - Homens que amam Mulheres - Tá difícil?

1. Em Arizona Nunca Mais Nicolas Cage está de tal forma apaixonado por Holly Hunter que realizar o maior desejo da moça, ser mãe, se transforma não apenas em uma tarefa "corriqueira" (certamente prazeirosa), mas em um sequestro de proporções assombrosas.

Homens amam Mulheres, quem duvida?