quinta-feira, 26 de agosto de 2010

FLOR - BEN SHIMON HALEVI

"Após a semente passar pelos processos de criar raízes, brotar e cobrir-se de fohas culmina em uma flor.

"A flor desabrocha na época mais favorável do ano para sua polinização, quando a terra, a água, o ar e a luz podem conduzí-la à sua mais perfeita realização.

"A Criação converte então a matéria em forma por meio de um impulso ascendente de cosciência que atinge o seu apogeu quando a flor desabrocha em sua experiência máxima de vitalidade e beleza.

"Tal momento pode durar um dia".

------

Que dia será hoje senão um dia de aproveitar o Dia?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

TUDO PODE DAR CERTO - WOODY ALLEN




Tudo Pode Dar Certo é puro teatro de Woody Allen. Como Sonhos de um Sedutor, a peça.

Para entender como Woody Allen cria um enredo para teatro e o transforma em filme e tudo dá certo, vejamos uma pergunta-e-resposta com o jornalista Eric Lax:

Eric Lax: Você acabou de finalizar um novo filme, Tudo pode dar certo. Ao contrário dos seus últimos trabalhos, esse é um filme nova-iorquino sobre um avarento, uma ingênua e o estranho rumo que o amor pode tomar. Quando você teve a ideia?

Woody Allen: Poucos meses antes de escrever o filme. Fiquei entre dois polos. Foi concebido como peça de teatro, mas o problema é que havia um monte de coisas que aconteciam fora, pela cidade. Então achei que podia ser um filme, mas tinha um monte de coisas que aconteciam dentro [ri]. Então o que eu fiz foi forçar como filme e tentar fazer mais coisas no exterior, nas ruas de Nova York e de Chinatown. Mas foi concebido como peça. Teria funcionado no palco, mas precisaria ser uma coisa que nem [a peça] Sonhos de um sedutor, em que a luz muda para imaginar que as pessoas estão se movimentando por Nova York.

SONHOS DE UM SEDUTOR

Pura verdade. Play It Again, Sonhos de um Sedutor, a peça, respira uma dinâmica cinematográfica, de mudanças instantâneas de cenários e personagens com uma simples alteração da luz no palco.

A ação da peça avança por "cenas" - uma separação do drama em "pedaços" típicos da escrita de roteiro - ao invés de um contínuo "de teatro".

Vale a pena ler a peça, publicada pela editora gaúcha L&PM nos anos 80, para observar a capacidade única do Woody Allen brincar com os códigos da escrita, sempre de forma inteligente.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CENAS PARA PENDURAR NA PAREDE

EXT.IGREJA.DIA

Do lado de fora, Viola vê Will, cambaleante, afastando-se da igreja, e o chama.

VIOLA – Will!

Ele não responde. Ela corre atrás dele.

VIOLA (continuado) – Oh, meu amor, pensei que estivesse morto!

Ela o abraça. Os dois ficam abraçados um instante, mas Will se afasta.

WILL – Pior do que isso. Eu matei um homem.


Shakespeare Apaixonado – Roteiro de Marc Norman e Tom Stoppard

sábado, 21 de agosto de 2010

The Spirit - Will Eisner - versão teen




O grande The Spirit, do Will Eisner em uma versão pra-lá-de-jovial.

Praticamente uma versão teen.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

NOVOS NEGÓCIOS



Essa é a marca da nova empresa. Oferecemos um mix de Almas à Venda, de Sophie Barthes e Quero Ser John Malkovich, do Spike Jonze.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Sombra - The Shadow



Minha versão para o personagem da DC Comics O Sombra (The Shadow). Clássico personagem que o Andy Helfer e o Howard Chaykin retomaram nos anos 80 com miniséries escandalosas de boas.

Slogan: "Quem sabe o mal que se esconde nos corações humanos?"

Resposta: "O Sombra sabe..."

Desenho. Técnica: pastel oleoso.

Data? "O Sombra sabe..."

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

SHAKESPEARE IN LOVE - FENNYMAN



ALLEYN (ruge)
- Quem é você?

FENNYMAN (berrando)
- Eu sou o dinheiro!

Shakespeare Apaixonado – Roteiro de Marc Norman & Tom Stoppard

SHAKESPEARE IN LOVE - HENSLOWE



WILL(grita)
- Senhores! Obrigado! Sejam bem-vindos.

FENNYMAN
- Quem é ele?

HENSLOWE
- Ninguém. O autor.

Shakespeare Apaixonado – Roteiro de Marc Norman & Tom Stoppard

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

MICRO-SITUAÇÃO NO ESTILO STAND-UP COMEDY

Aquela pessoa estava conversando comigo e dizendo que estava morta. Eu respondi: "Mas como é possível? Nós estamos conversando. Eu vejo você. Você me vê. Não entendo".

Ela abriu o jogo. Disse que era um fantasma.

Fiquei irritado, nossa, bastante irritado. Acho que esse é o tipo de coisa que as pessoas devem contar umas às outras antes de começarem a bater um papo:

"Olha, não estou mais entre os vivos, apesar disso, você se importa de trocarmos um dedo de prosa?".