sábado, 20 de junho de 2009

O MAIS IRÔNICO DOS CONTOS SALINGERIANOS

2032 – Estados Unidos. Morre um velho soldado e a imprensa descobre, surpresa, ser ele o último americano vivo a ter desembarcado no Dia D.

O sentimento geral é o de que uma página da História se encerrava.
Em uma redação, fechando a matéria, um repórter lembra existir ainda um veterano vivo.
Curiosos, os jornalistas se aproximam da mesa onde o jovem observa o mundo com olhos seguros.
“Salinger” – ele afirma.

Cinco dias depois, Salinger convoca uma coletiva em frente a sua propriedade em Cornish, New Hampshire. Falará em público pela primeira vez desde 1953. Os repórteres esperam nada menos do que um momento para ser guardado para a posteridade.

Salinger narra algumas lembranças de guerra. Não pretende aborrecer ou entreter ninguém. Não está “interessado em ser simpático”.
“A intenção é, isto sim, educar, instruir” – explica, com voz ainda firme.

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